O Banco de Portugal parece que está a publicar as suas actas da administração, relativas ao caso BES. Ontem, divulgou as deliberações da reunião desse dia.
Entre as quais está a seguinte:
“São transferidos para o Novo Banco os créditos sobre o Espírito Santo Bank (Miami) e o Aman Bank (Líbia), bem como os respetivos depósitos, de forma consistente com a decisão tomada relativamente ao BESA (Angola). Pretende-se, desta forma, não prejudicar as operações comerciais e bancárias entre o Novo Banco e as entidades em causa, sem prejuízo, sempre, da não transferência de quaisquer responsabilidades ou contingências, para o Novo Banco, que tenham tido origem naquelas instituições, designadamente as decorrentes de fraude ou da violação de disposições ou determinações regulatórias, penais ou contraordenacionais”.
Sulinhe-se a parte que diz: “… sem prejuízo, sempre, da não transferência de quaisquer responsabilidades ou contingências, para o Novo Banco, que tenham tido origem naquelas instituições, designadamente as decorrentes de fraude”
Questões:
1) De quanto se está a falar relativo as estas operações de crédito a estes dois bancos?
2) Que operações comerciais não se pretende prejudicar?
3) Que contingências “de fraude” se poderá estar a falar? Que diligências se estão a desenvolver junto das autoridades que estão a investigar esses dois bancos?
4) Quando se saberá se o Novo Banco vai pagar esses esquemas que tudo indica serem fraudulentos?
e 5) mantém-se a dúvida: Por que razão o governador do Banco de Portugal disse em comissão parlamentar que não falara em fraude na sua intervenção do passado dia 3, quando o fez realmente, e que agora aparece reafirmado nesta acta de dia 11 de Agosto? O que se está a passar?