A socialização dos prejuízos (vulgo: “paguem todos as minhas perdas porque sou muito importante para o país”) existe desde que o Estado se impôs à propriedade privada. Vem isto a propósito – não da intenção do Governo de pôr o Orçamento do Estado a pagar a educação nos colégios privados – mas de uma leitura que estou a fazer do diário do meu avô. 21 de julho de 1961, dealbar da guerra colonial. O calista da minha avô perguntou a uma freguesa se não achava que devia ir para Angola defender as suas roças. A freguesa “respondeu com (inconsciente) naturalidade: Pagamos bastante dinheiro em contribuições para o Estado defender as nossas roças”.
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