A fraude eleitoral é a diferença que pode fazer diferença

0 Posted by - May 18, 2014 - Blog

Quando a batalha eleitoral se torna renhida, a fraude pode ser a diferença que faz toda a diferença. E agora que a campanha está no tudo por tudo, este é um aviso a todos os responsáveis partidários.

Fraude? Sim, a fraude eleitoral. Algo de que ninguém fala, mas que muito provavelmente acontece em todos os actos eleitorais, sem que ninguém gosta de falar nela. Como?

  • Se a participação eleitoral for acima do normal, algo pode estar a passar-se nas secções de voto. Veja-se o ponto seguinte;
  • Basta que nas secções de voto se encontrem delegados de um partido. E esse caso não é difícil de se conseguir. Basta que os “outros” vão almoçar. Em meia hora, várias centenas de votos são introduzidas na urna e os seus “votantes” descarregados nos cadernos eleitorais. E se o verdadeiro eleitor aparecer? Ora, houve um engano e anota-se em acta. O voto falso conta na mesma;
  • Quando fechadas as urnas, feitas as contagens, elaboradas as urnas e tudo assinado, atente-se aos valores dos votos nulos face a outras eleições. Se forem muito mais elevados, é possível que votos válidos estejam a ser invalidados. Se forem muito abaixo, talvez votos nulos estejam a ser “validados”, criando-se votos falsos em vez dos nulos;
  • Após a elaboração das actas das secções de voto, nunca se deixe o presidente da junta de freguesia sozinho.   A lei nada obriga a que ele faça a agregação das diferentes secções de voto com os delegados dos partidos. Mas era importante que o fizesse. E depois, porque os resultados agregados são transmitidos telefonicamente para a câmara municipal e sabe-se lá que resultados serão comunicados. Pode haver a surpresa de se verem anunciados valores que nunca ocorreram;
  • Estejam atentos ao destino dos envelopes que, supostamente, deveriam ir para o tribunal da comarca para serem entregues às assembleias de apuramento geral. Muitos podem desaparecer, juntamente com as actas e os votos nulos. É que depois apenas contará a boa vontade do presidente da junta de freguesia para refazer os resultados verificados, junto da assembleia de apuramento geral. Quem sabe? até pelo telefone…
  • O ideal seria fazer sondagens à boca das urnas e verificar se os resultados anunciados foram muito discrepantes. Se o foram, é provável que algo de grave se passou. Mas toda a gente sabe que isso é muito caro.

Parece estranho?

Vejam estes casos simplesmente pescados na internet: Cacilhas nas eleições presidenciais (aqui)

Ou este caso:   De Carlos Portugal a 22 de Janeiro de 2011 às 23:14

Caro Bic: Uma pessoa da minha família foi, numa das eleições legislativas, presidente de uma mesa de voto, numa pequena freguesia da Capital. Depois de contados os votos e fechadas as urnas, e preencher as burrocracias habituais, foi para casa e, qual não foi a sua surpresa quando, nos resultados «oficiais» havia uma diferença de cerca de 600 votos a favor do partido «vencedor», entre os votos contados e os anunciados, nessa mesma pequena freguesia. Telefonema após telefonema, foi aconselhado a «estar quieto» e a «evitar mais confusões». A pessoa em questão entregou o cartão do partido. O jornalista João Ramos de Almeida, autor do livro «Eleições Viciadas?» e do blog com o mesmo nome, explora esta vertente bem «democrática»… (in http://biclaranja.blogs.sapo.pt/521827.html)

Deputado do PND, António Fontes, confessa fraude nas presidenciais de 1980 (aqui  e aqui)

Se este tipo de casos são de evitar, a única solução é mobilizar os militantes para essa tarefa essencial, para a tarefa cívica de estarem na mesa, todo o tempo de vigilância.